sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

TÁJILA



TÁJILA

O relógio do tempo
Não torna, não soa
Escorre por entre os dedos
Feito areia, escoa

Dá asas ao pensamento
Entre paisagens ecoa
Feito palavras ao vento
Triste seu canto entoa

Tudo é um momento
tivemos tanto tempo
no todo, tudo ao tempo se traduz

mesmo ainda não tendo
o que ainda não me lembro
o tempo segue sendo a minha cruz

Cai a tarde...
E a saudade invade o meu pensar
Tudo é treva
E a densa névoa se eleva em meu olhar

Árvore inerte, coração sem raiz
Minha alma está seca
Só me resta apenas
Um resíduo desta seiva infeliz

A noite atravessa
Todo o meu pesar
E não interessa
O dia por chegar

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